Logotipo do Recreativo do LiboloApesar da redução orçamental e a saída de muitos atletas do plantel da época finda, o Recreativo do Libolo sempre vai competir no Girabola Zap de 2018, pelo que a comissão de gestão já trabalha no reforço do plantel, para atacar a próxima temporada futebolística.

Em entrevista ao Jornal de Angola, Rui Campos, presidente-cessante, disse que a presença do Libolo no campeonato está salvaguardada, contrariando os rumores que a apontavam para a desistência do clube.

“O Libolo vai continuar na I Divisão. Esta possibilidade nunca foi equacionada. No início do ano decidimos reduzir o orçamento do clube. Os tempos estão difíceis. Nos últimos três anos temos vindo a reduzir os orçamentos. Os outros clubes fizeram o mesmo, porque estamos dentro da mesma realidade”, assumiu Rui Campos, para a seguir lamentar o facto do novo quadro financeiro ter afectado a prestação da equipa: “Sobressaíram aqueles clubes que têm orçamentos oriundos dos fundos públicos. Foram menos afectadas.”

 

Convidado a fazer o balanço dos dez anos à frente da direcção, Rui Campos referiu que deixa um clube organizado, embora não tenha concluído o seu projecto. “Deixo um legado para quem for presidente. Algumas coisas ficaram por fazer, como a construção do Centro de Alto Rendimento, por razões financeiras. Estou convencido de que novos tempos virão. Tivemos um desempenho exemplar, nos sete anos de Girabola. Marcámos uma época. Conquistámos quatro títulos e lançámos as bases. Aprendi muito. Foi um passado de muito regozijo e de prazer. Apaixonei-me pelas pessoas e pelos projectos”, afirmou, com satisfação estampada nos olhos.

A Assembleia-Geral Extraordinária acontece ainda este mês, para eleger a nova direcção, depois de Rui Campos ter renunciado à presidência há quatro meses, por força dos estatutos, uma vez integrar a Comissão Executiva da Confederação Africana de Futebol (CAF). Está na organização do CHAN de Marrocos.

Até à realização do pleito eleitoral, a agremiação do Cuanza-Sul é dirigida por uma comissão de gestão coordenada por Augusto Correia, vice-presidente-cessante para o Futebol.

Abordado sobre o nome do candidato, preferiu manter segredo, com a garantia de que é um elemento ligado ao clube. “São pessoas do Libolo, que gostam de futebol. Quem for eleito, o Libolo vai ficar muito bem servido. A organização está lá. Espero que a direcção eleita dê continuidade ao nosso projecto e faça um bom trabalho.”

Troca de clube

Rui Campos foi eleito, a 26 de Junho, presidente de direcção do Sport Libolo e Benfica, para um mandato de três anos. A vila de Calulo tem agora dois clubes, um no futebol e outro no basquetebol.

“Esta foi a estratégica encontrada para continuar no dirigismo desportivo em Angola. A CAF é futebol e não é basquetebol. Por isso abracei um novo projecto. É uma maneira de ajudar o meu sucessor. Retirei do Libolo o basquetebol, que passa a ter apenas o futebol. Seguimos todas as formalidades desde a FAB até à FIBA-África”, esclareceu o dirigente desportivo.

Do ponto de vista desportivo, Rui Campos referiu que a ambição passa pela conquista de títulos em todas as provas. “Ganhar o Unitel- Basket, a Taça de Angola e a Liga dos Campeões são as nossas perspectivas. Fizemos algumas contratações. Estamos com uma excelente equipa, para que possamos vencer todas as competições”.

Além do basquetebol, a direcção presidida por Rui Campos tenciona ter mais duas modalidades, provavelmente artes marciais e xadrez. O Sport Libolo e Benfica pretende manter uma parceria com o homónimo de Lisboa. “Foi feito o pedido e aguardamos pela resposta do clube português. Penso que será bastante vantajosa para ambos os clubes”, adiantou.

Fonte: Jornal de Angola